Mas eu admito que me voltei a apaixonar, que me voltei a entregar. Admito também que andei desorientada por não saber o que sentia. E não tenho medo de dizer que ainda hoje choro. Não por te amar, mas sim porque apesar de o sentimento ter desaparecido, as lembranças ainda estão vivas dentro da minha memória. Eu sei que talvez um dia tudo irá desaparecer. Sei que um dia iremos deixar de falar, sei também que daqui a uns anos não te verei mais. Sei que por muito que te tenha amado … um dia sairás da minha vida. Como é óbvio não irá ser como é agora. Porque apesar de tudo, ainda permaneces. Não como antes, mas permaneces. E mesmo que não acredites, dói saber que vou ter que apagar tudo que um dia me fez crescer, que me fez sentir feliz até pular, mas também que me entristeceu até chorar. Ao relembrar todos os momentos passados, eu pergunto-me o que terá faltado. Pergunto-me o porquê de já não poder estar ao teu lado. Eu não nego que ainda me preocupo contigo, que ver-te mal faz o meu mundo desabar. De cada vez que te vejo mal é como se morre-se por dentro, por saber que agora já não te posso ajudar. Porque esse lugar … já não me pertence. Apenas só quero que te lembres de todas as vezes que fui ter contigo quando te isolavas dos que te rodeavam. De todas as vezes que me preocupei contigo quando os outros te deixaram. De todas as vezes que tentava ajudar-te e tu não deixavas. De todos aqueles dias em que quando não te via a sorrir e fazia palhaçadas para te colocar um sorriso no rosto. De todas aquelas vezes em que deixei o meu orgulho de lado e tu nem sequer quiseste saber. No fundo, foi bom teres admitido que te arrependeste de todas aquelas vezes que me ignoraste quando eu lutei por ti, todas aquelas vezes que todos te deixaram e eu fui a única que continuei contigo mas que mesmo assim, nunca valorizaste. Eu nunca te irei deixar, mas não te admires se a minha primeira preocupação ao acordar já não sejas tu.

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